Na praia encontra-se de tudo. É impressionante. Encontra-se miúdos com uma terrível vontade de tirar a roupinha toda (Maggie), encontra-se tios totalmente vestidos dentro da barraca, encontra-se dois irmãos quase à chapada porque houve uma troca de toalhas, uma prima que nos desafia a entrar na água que está mais gelada que o a água que sai do frigorifico e depois nos põe a cantar Jorge Palma, encontra-se um senhor a vender melões e a obrigar todos os veraneantes a ouvir a “Rádio Festival”, encontra-se o guincho estridente do vendedor de praia, encontra-se “coisas” de tatoo e de pulseirinha no pé…Encontra-se o Obelisco, o mar, a areia, as rochas, encontra-se gente inesperada nas rochas…
Pois é, engane-se quem pensa que ainda há sítios isolados. Eu e o meu Colego (explicando, estimado titio) fomos surpreender um conhecido nosso (parte da hierarquia mais discutida de sempre) em banhos na nossa tão querida Praia do Marreco! É certo que é uma praia calma, com uma zona de rochas que supostamente guarda quem lá está, mas acho que tanto embaraço não seria necessário. Há que viver a vida, n’est-ce pas? E é bom saber que todos têm o seu cantinho para escapar do mundo, no mundo, e que não escapam sozinhos. É, de facto estranho, mas ser estranho não é sinónimo de mau!
Segue-se, no entanto, um aviso: se vos aparecer uma rapariga de bikini e um senhor vestido com uma máquina fotográfica na mão, a dizer que estão a fazer uma entrevista para “Os Ilustres do Marreco”, fujam! Sou eu e o meu tio – os paparazzi de serviço! E nós andamos por aí, onde menos se espera…!