Há uma pequena tempestade de vento em torno da minha cabeça. Alguma trovoada já. Sou uma ilha e sou-a com dignidade. Ou sem ela. Ou com ela sem o ser. Já não sei. É uma pequena tempestade. Ponto. E os meus pensamentos são D. Quixotes a lutar contra os moinhos de vento.
Estou cansada de silêncios mórbidos de tão podres que são. E estou a rasgar de alto a baixo tecidos de cortinas a esconder bastidores e camarins de festins frustrados. Estou cansada de ter que ter uma razão para me sentir assim. Sinto e ponto. Quem vem discutir?
Ninguém... Eu estou tranquila quanto a isso. Ninguém vem tirar satisfações comigo sobre os porquê. Pelo simples facto de que ninguém sabe. E este tipo de subterfúgios deixam-nos mais amigos da nossa nuvem a pairar sobre a cabeça. Uma tempestade de bruma pessoal. Intransmissível.
Resigno o trono.
Prefiro sentar-me na cadeira. Só porque ao lado há outra. E já não serei uma ilha.
In your face I trust
With you beside me I am standing strong
One truth
Two hearts
You took my life and made it beautiful
So you dared to let me shine
Even walk a step behind
Willingly you give yourself to me
Knowing who I was born to be
Only you know how
To hear me through the silence
You reach a part of me that no one else can see
Forever true there’s only me
And only you
Only me and you
(Vendaval filosófico depois do filme Young Victoria)