E só é preciso acordar. Abrir os olhos. Olhar para o lado e ver que afinal só estávamos sozinhos porque estávamos adormecidos. A cama não estava vazia, nós é que não sentíamos o calor do lado. Acordar e ver que afinal ainda é possível um mundo novo, construído por nós, com a ajuda dos que chegam. Dos que querem chegar.
Tinha ficado sentada na berma da estrada a ver a vida passar e a atirar-me poeira para os olhos. Alguém parou para me dar boleia, para me limpar as chagas do caminho que já não aguentava mais passos, para me ajudar a ler o mapa, para ser GPS e para ser bússola. Voltei à estrada e escolhi outra rua para seguir. Ainda se pode construir muita coisa em cima de ruínas. Braga nasceu em cima da Bracara Augusta e é uma cidade muito bonita. Das cinzas nasce uma Fénix e nas asas de uma Fénix corre-se o mundo. Ou num tapete voador. Corre-se um mundo novo num tapete voador.
Vou de boleia com a vida até à próxima estação. Finalmente há alguém à espera.
De
Marina a 29 de Setembro de 2009 às 00:06
Tenho 2 bons motivos para comentar este texto. O primeiro, já a virar repetitivo, é que acho que o texto está lindissimo e o segundo é porque gosto de dizer a frase "eu bem te disse".
A ecuridão chega, envolve e passa. Dificil é abrir os olhos para ver que já há um "raiozinho de sol" ou uma vela. :)
Fico muito muito muito feliz por ti!
Goxmuiti.
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